Uma reflexão sobre avanços e impactos: Projeto Mídia e Democracia

Por: DRI

Por: DRI 

Ao longo dos últimos dois anos, o Projeto Mídia e Democracia enfrentou desafios críticos aos processos democráticos, monitorando, analisando e conscientizando sobre ameaças digitais emergentes. Esses resultados foram alcançados por meio de uma colaboração com parceiros diversos e uma abordagem multidisciplinar que integrou pesquisa e checagem de fatos. Este relatório de meta-análise resume as conquistas do Projeto, os principais achados e as contribuições de seus parceiros, além de explorar as implicações futuras da pesquisa.

  • Monitoramento abrangente de redes sociais: A iniciativa realizou um monitoramento detalhado das plataformas de redes sociais ao longo de dois anos, com foco especial no período das eleições municipais. Esse esforço permitiu avaliar e identificar padrões de desinformação, discursos de ódio e a evolução de tópicos de interesse específico.
  • Fortalecimento da colaboração global: Ao reunir especialistas locais e parceiros internacionais com diferentes áreas de expertise, o Projeto promoveu o compartilhamento de conhecimento e uma colaboração proativa, possibilitando o aprendizado a partir de variados contextos e experiências.
  • Engajamento com stakeholders: O Mídia e Democracia fomentou a colaboração com formuladores de políticas, pesquisadores e organizações de mídia para garantir que os achados fossem transformados em estratégias práticas e acionáveis.
  • Conscientização pública: Por meio de relatórios bilíngues regulares e eventos de grande impacto, o consórcio elevou a conscientização sobre os riscos à democracia digital e a evolução do discurso público online, promovendo discussões críticas na mídia e entre o público.

Esta meta-análise está organizada em torno de três temas identificados na conclusão do Projeto:

Discurso de ódio: A violência de gênero e o discurso de ódio afetam desproporcionalmente candidatas mulheres, especialmente durante as eleições municipais, em que esses ataques foram intensificados por campanhas de desinformação e assédio online. Essas estratégias visam deslegitimar a atuação dessas candidatas e perpetuar estereótipos conservadores de gênero, revelando uma forte relação entre misoginia, transfobia e polarização política. 

Desinformação: A desinformação online continua sendo uma ameaça significativa à democracia no Brasil, com narrativas eleitorais focadas em minar a confiança em instituições como o sistema de votação eletrônica. Campanhas de desinformação de cunho de gênero e fabricadas por inteligência artificial, direcionadas especialmente a mulheres e comunidades LGBTQ+, destacaram o caráter cada vez mais estratégico e polarizado dessas campanhas. 

Questões ambientais: O discurso político sobre questões ambientais permaneceu predominantemente reativo e de curto prazo, com candidatos explorando desastres específicos para obter vantagens políticas

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