Impulsionamento Primeiro Turno Das Eleições de 2024

Por: FGV Comunicação Rio

Por: FGV Comunicação Rio

 

Estudo da FGV Comunicação Rio analisou as novas dinâmicas de impulsionamento de conteúdo nas campanhas eleitorais municipais para prefeito nas 26 capitais do Brasil. O objetivo foi entender como esse tipo de ação tem sido usada pelos políticos na comunicação das eleições. Dessa maneira, é possível compreender quais estratégias foram usadas, de que maneira, quem usou e quanto foi gasto do fundo eleitoral em anúncios políticos nas redes Instagram e Facebook, a partir de dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do relatório da Biblioteca de Anúncio da Meta ADS. Outras empresas, como o Google, optaram pela proibição desse tipo de conteúdo anunciado. 

Os candidatos a prefeitos das capitais gastaram mais de 56 milhões de reais em propaganda paga nas redes, os 10 candidatos com maior gasto concentram mais de 55% do total, o que sugere uma centralização desse recurso na mão de poucas candidaturas. Também foi destaque o fato de que em 8 capitais, quem liderou os gastos em impulsionamento foram candidatos à reeleição, como exemplo, Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo. A alta competitividade eleitoral pode ser um fator determinante para essa alocação de recursos de campanha para o ambiente digital. 

Candidato com maior gasto com propaganda eleitoral em cada capital brasileira no Facebook/Instagram (R$, em milhões)
Período: 16 de agosto a 04 de outubro de 2024

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Elaboração: FGV Comunicação Rio

Na reta final da campanha eleitoral, os gastos ultrapassaram 3 milhões de reais por dia e tinham o objetivo de trazer visibilidade para o candidato junto ao eleitorado e mobilizar mais engajamento pago. Chama a atenção o gasto do candidato Pablo Marçal no último dia de campanha, que contabilizou 1,2 milhões de reais em anúncios, representando 27% dos gastos totais no dia em relação a todos os candidatos das capitais. 

Ao pensar em temáticas das postagens mais impulsionadas, temos como exemplo conteúdos sobre atividades nas ruas, apoio de padrinhos políticos e campanhas negativas contra outros candidatos. A eficiência dessas estratégias está relacionada à capacidade dos candidatos de segmentar públicos e direcionar essas mensagens para nichos específicos. 

Acesse o estudo completo aqui.