Assassinato de irmão de Sâmia Bomfim tem repercussão polarizada nas redes

Por: FGV Comunicação Rio

Por: FGV Comunicação Rio

  • Noticiamento do caso, manifestações de solidariedade e teorias quanto às razões do assasinato dos médicos ocupam primeiras horas de repercussão;
  • Em maior destaque no X, usuários alinhados ao governo relembram o caso Marielle Franco ao sugerir participação de milícia “bolsonarista”. Oposição bolsonarista fala em “resultado” da “impunidade”;
  • No Telegram, parte da oposição sugere “execução interna” ordenada por Guilherme Boulos, após “briga” com Sâmia Bomfim;
  • Parlamentares alinhados ao governo são quem mais manifestam solidariedade. Alguns nomes da oposição também seguem manifestações. Mário Frias critica esquerda por “impunidade”; 

Twitter

Evolução de menções e principais termos no X

Período: dia 5 de outubro, da 0h às 13h

Total: 32.700 posts

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Fonte: X | Elaboração: FGV ECM

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Fonte: X | Elaboração: FGV ECMI

  • A repercussão teve início tímido a partir das 7h do dia 05, com os primeiros compartilhamentos e comentários das reportagens jornalísticas a respeito do tema. Um total de 32.700 mensagens foram registradas nas primeiras horas que se sucederam à reportagem, com pico de menções às 9h; 
  • Tuítes que noticiam o ocorrido em tom de urgência e manifestam solidariedade à Sâmia Bomfim e Glauber Rocha são predominantes, mas teorias sobre motivações do crime também se destacam e gerando disputa entre os campos políticos;
  • Em maior destaque, usuários vinculados à esquerda prestam solidariedade à Sâmia Bomfim e Glauber Rocha. Além disso, grupo classifica crime como uma execução, relembrando assassinato de Marielle Franco. Há mensagens sugestivas sobre “suspeita de ataque miliciano” para assustar dois deputados com atuação expressiva na esquerda, o que por vezes é mencionado como associado a Jair Bolsonaro;
  • Em menor destaque, direita bolsonarista fala em resultado da “leniência” da esquerda com o crime e critica esquerda por “hipocrisia” na reação ao crime entre pessoas que “defendem bandidos”. Grupo também faz críticas a alegadas tentativas de associação com Jair Bolsonaro, acusando Flávio Dino e a esquerda de desinformar a população com afirmações sobre “execução” antes de investigação policial;
  • De forma lateral na plataforma, mas com conteúdos que também circulam em grupos e canais do Telegram, usuários páginas de direita falam em possível “ataque interno” do PSOL após suposta briga entre Sâmia Bomfim e Guilherme Boulos. Acusações são reforçadas por referências negativas a “histórico do PSOL” e do PT; 

Facebook e Instagram

Principais posts de parlamentares sobre o tema

 

Período: dia 5 de outubro, da 0h às 13h

Total de publicações: 66 no Facebook e 25 no Instagram

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Fonte: Facebook e Instagram | Elaboração: FGV ECMI

  • Parlamentares alinhados ao governo foram os que mais comentaram sobre o caso. Eles manifestam solidariedade à Sâmia Bomfim e cobram por celeridade na investigação, reforçando a gravidade do ocorrido;
  • Os poucos parlamentares da oposição que comentaram sobre o caso também o fizeram com enfoque na manifestação de solidariedade, com exceção do parlamentar Mário Frias (PL), que fez referências sugestivas aos resultados da “impunidade”. Os posts dele estão entre as primeiras 10 publicações com maior engajamento, tanto no Instagram, quanto no Facebook. Em primeiro lugar no Facebook, Filipe Barros (PL) não manifestou solidariedade, apenas noticiou o ocorrido;

Telegram

Principais mensagens sobre o episódio no Telegram

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Período: dia 5 de outubro, da 0h às 13h

Fonte:Telegram | Elaboração: FGV ECMI

  • Mensagens que noticiam o ocorrido e enfatizam o fato de Daniel Bomfim ser irmão de Sâmia Bomfim estão entre as principais no Telegram;
  • Em grupos e canais bolsonaristas, a teoria de que a “execução” seria resultado de uma dissidência interna no PSOL também fica em destaque. Os usuários relembram a alegada briga entre Sâmia Bomfim e Guilherme Boulos em convenção, o que apontaria para “recado interno” de Boulos contra a deputada.