Precarização do trabalho é tema do 4º ciclo de debates do conselho Mídia e Democracia
A precarização do trabalho foi o tema do 4º ciclo de debates do conselho Mídia e Democracia, realizados através de 3 encontros, constituídos por uma reunião de alinhamento, reunião preparatória e plenária.
A precarização do trabalho foi o tema do 4º ciclo de debates do conselho Mídia e Democracia, realizados através de 3 encontros, constituídos por uma reunião de alinhamento, reunião preparatória e plenária. Especialistas no assunto de diferentes áreas participaram com o objetivo de debater sobre a temática, são eles a conselheira Daniele Barbosa, autora do livro "Trabalhadores de Apps em Cena”, que ministrou a oficina; Rafael Grohmann, Professor de estudos críticos de plataformas e dados na Universidade de Toronto, que realizou a reunião preparatória; E por último, a reunião plenária contou com o Desembargador do Trabalho do TRT4, Marcelo D’Ambroso, que é focado nos impactos das plataformas digitais no mundo do trabalho e o papel do judiciário na garantia dos direitos humanos.
Entre os tópicos discutidos nas reuniões, destaca-se a plataformização dos trabalhadores, a questão da informalidade e da falta de uma presença política nesse contexto, o que traz uma falsa ideia que os próprios trabalhadores constroem seu próprio fracasso ou sucesso, resultando na normalização da precarização. E como a direita dissemina a ideia de uma precariedade politicamente induzida. Ao pensar em plataformas como Uber e Ifood, também foi pontuado sobre o impacto de tecnologias e da Inteligência Artificial nesse cenário.
Nessa perspectiva, foi concluído que não se deve pensar apenas no desenvolvimento de uma regulação própria, mas na criação de políticas públicas permanentes que escutem os trabalhadores e associações que garantam esses direitos. A internet elimina essa proteção social e promove uma maior exclusão, dessa forma, é necessário pensar nas recomendações públicas sobre o ambiente digital . Por fim, também foi traçado qual é o perfil dessas pessoas, que no caso do trabalho remoto e informal , são na sua maioria mulheres.