DRI e FGV Comunicação Rio identificam os riscos e recomendações para as eleições municipais de 2024

A reunião também contou com a participação da secretária de Comunicação do TSE, Giselly Siqueira.

O 5º Ciclo do Conselho Mídia e Democracia teve como o tema as Eleições Municipais de 2024, contando com participações do Democracy Reporting International (DRI), FGV Comunicação Rio e da secretária de Comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giselly Siqueira, que  conheceu o trabalho de monitoramento do laboratório. A equipe apresentou para a secretária os riscos encontrados no ambiente digital que podem ameaçar a integridade eleitoral durante o pleito de 2024. O principal objetivo da reunião foi identificar os atores, narrativas e comportamentos desse contexto, assuntos específicos, e principalmente, recomendações que as organizações que compõem o conselho pudessem sugerir para lidar com as potenciais ameaças. 

A  agenda detalhada e as questões discutidas foram divididas nas categorias discurso de ódio e violência online; desinformação; polarização e anúncios políticos. As discussões feitas nas reuniões relacionadas a essas categorias trouxeram insights nos âmbitos da Regulação de plataformas, da taxação do modelo de negócios, da proposição de políticas e da fiscalização, sistematização de experiências e promoção de educação midiática.  

As preocupações e temáticas assinaladas são as seguintes: a preocupação com a polarização, que pode ativar um pânico moral e o acionamento de temas sensíveis; a desinformação como parte da estratégia de comunicação de governos e campanhas e o discurso da redução das liberdades se fortalece a partir da resolução TSE que trouxe responsabilidade para os produtores de conteúdo que atacam a integridade do processo eleitoral. Em paralelo, há grupos políticos que promovem a desinformação se apresentando como perseguidos pelas autoridades do executivo e judiciário. Além da omissão das plataformas digitais no controle da violência online, que contribui para o aumento desses discursos. 

Portanto, o ataque orquestrado é direcionado ao próprio sistema democrático, e não apenas ao sistema eleitoral, também se destaca como essa ideia se dissemina de maneira preocupante entre os jovens e o uso da desinformação como estratégia de comunicação dos governos e campanhas. E como isso contribui para a radicalização dos debates, trabalhando com a ideia de crença, e não da verdade por evidência.